A festa no rio
Dentro de água, apenas com olhos e nariz à superfície, a Srª. Lolita observava o que se passava à sua volta. O sapo-parteiro, muito atarefado, transportava os seus ovos, o zimbro dormia, o loendro dormia… Estava tudo muito calmo.
- Que bom! – exclamava a lontra – está tudo muito calmo.
- Tudo muito calmo? Então é porque ainda não foste ao fundo do rio – dizia o freixo.
- O que se passa no fundo do rio?
- Não sabes? É a festa da fauna.
- Festa dos animais? Eu não sabia de nada. Vou mas é para a festa.
- Não, não podes. É só para os animais diurnos.
- Ah! Ah! Ah! Só para os animais diurnos? Mas se são diurnos, agora deviam estar dormindo. Estás-me a enganar.
- Não te estou a enganar. Vem comigo e eu mostro-te.
A Srº. Lolita e o freixo lá foram.
- Uau! É mesmo uma festa. Vou entrar.
- Ei, tu aí, não podes entrar, és uma lontra. – dizia o guarda
- Pois sou.
- És um animal nocturno.
Mas lá dentro, tiveram pena da lontra:
- Não faz mal, deixa-a entrar. Ela é nossa amiga.
A lontra lá entrou:
- Obrigada! São mesmo uns bons amigos.
- Ei, freixo, entra também!
E assim a festa dos animais diurnos, acabou por ser uma festa de todos os habitantes do rio.
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